domingo, 27 de junho de 2010
Raramente saía da casota
Era um facto real. Passava a minha vida dentro da casota, até me colocavam o tacho da comida à porta e eu comia deitada.
As minhas amigas começaram a sair e eu ficava sempre dentro da casota, até que a Olívia resolveu pegar em mim ao colo e levar-me até ao recreio. Confesso que tive medo, pensei que ela me iria deixar cair na primeira passada, de pesada que eu estou, mas enganei-me. À 1ª vez que cheguei ao recreio era a novidade e eu pouco me mexi, à 2ª já dei uns passinhos e à 3ª até tive direito a ser filmada, de forma a provar que todos temos necessidade e direito de passear no recreio. No entanto para isso, precisamos de mais voluntários. Vá lá, calce umas galochas, umas calças velhas, um chapéu, protector solar e apareça no abrigo e proporcione-nos estes momentos de prazer que beneficiam não só ao nosso bem estar físico como psíquico.
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